«Os custos de não cumprimento do
programa de ajustamento que foi imposto ao País e que terminará em
meados de maio seriam incomparavelmente maiores do que aqueles que
temos de suportar, e que são muitos», afirmou o Ministro da
Administração Interna, Miguel Macedo, em Arcos de Valdevez, onde
presidiu à apresentação do projeto de requalificação do quartel da
GNR.
Questionado pelos jornalistas sobre o alargamento da base de
incidência da Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES) e
o aumento das contribuições para a ADSE, o Ministro referiu que é
prematuro comentar esta medida porque «não há, ainda, o recorte
final da decisão» quanto à alternativa do Governo face à
declaração, pelo Tribunal Constitucional, de inconstitucionalidade
da forma escolhida para a convergência de pensões, que representava
388 milhões de euros no Orçamento do Estado para 2014.
Sublinhando que «esta decisão é tomada em cima de um Orçamento
do Estado que procede a um corte muito importante da despesa
pública, de mais de 3,9 mil milhões de euros», Miguel Macedo
acrescentou que «os sacrifícios que todos temos sido solicitados a
fazer neste período muito difícil para o País são muito penosos»,
pelo que «a insatisfação e a dificuldade de muitas pessoas quanto a
este tipo de decisões é compreensível».
E concluiu: «As medidas até agora adotadas nunca seriam tomadas
se não fossem absolutamente essenciais para concluir o programa de
ajustamento, para que o País possa sair desta situação de resgate e
estruturar em bases sólidas um crescimento no futuro como já está,
de resto, a acontecer».